a não-futurologia

2042 será um novo ano de reflexão, não pela subordinação ao tempo e à necessidade de eternizar ciclos, antes porque daqui a 20 anos terei uma perspectiva clara de todo o processo, e da forma como 2022 se demonstrou útil na leitura dos anteriores 20 anos. 

Monografia studium

Sob o ponto de vista ontológico, esta reflexão sobrepõe-se à existência real de um calendário; ela contempla o ser enquanto matéria real ou especulativa, tanto quanto filosofa sobre pertinências claras do status quo. É esse o conceito de ontologia aplicado a este processo, é uma constatação do que este studium será daqui em diante, sem que o medo de evolução seja um perturbado causador de desempate entre a realidade e a utopia.

Capítulo – considerações do autor

Pensar em futuro é o mesmo que pensar no presente; este instante imediato que acabou de atravessar entre os meus dedos na clara percepção de tempo, que já nem presente é, e por isso, esta não-futurologia, nunca se inibe de ser uma realidade aumentada, por mim.

Capítulo – ontologia de um método

Em 2042 seremos pessoas em perfeita capacidade de repensar toda a verdade do que vimos, de onde fomos e para onde queremos continuar. Parece eternamente distante, quando a verdade irá possivelmente provar o enlace entre a metodologia (fator de decisão) e a hipótese (fator de implementação) e ambos, agarrados a um estado de mutação, vão sempre compreender o espaço e o tempo de que tanto falamos em 2022. Todos os anos são anos de reflexão, todas as pequenas ou grandes pausas o permitem. A meditação que faz parte do trabalho, formaliza um estado consciente do status das coisas, essas mesmas coisas que sobrepostas, são a linha de tempo de tudo aquilo que sabemos ser. Que queremos pensar ser.

Catarina Rodrigues, diretora criativa studium