Prémio Arquétipo 2023

O studium . creative studium é o vencedor do prémio INOVAÇÃO e do prémio MASTER – N41º Arquétipo 2023 com o projeto PEG.GO

http://www.norte41.org/premio_arquetipo_2022_23-819133.html: Prémio Arquétipo 2023

O arquiteto Sérgio Miguel Teixeira Magalhães é o vencedor da 3.ª edição do Prémio Arquétipo – INOVAÇÃO N41º e do prémio MASTER. Este galardão lançado pela Secção Regional do Norte da Ordem dos Arquitectos tem como objetivo promover aproximação dos Arquitetos à Indústria.

Uma divisória para escritório que integra cartão e burel, é o vencedor da 3.ª edição do Prémio Inovação N41º do Prémio Arquétipo, anunciou a Secção Regional Norte da Ordem dos Arquitectos (OASRN). O Prémio Arquétipo, que conta com o apoio do Ministério da Economia, tem como objetivo promover a aproximação entre a Indústria da construção e os Arquitetos, procurando ideias com aplicabilidade direta no sector da construção. O prémio teve como parceiras as empresas Arch-Valadares e JJTeixeira que desde o início estiveram recetivas a propostas para novos produtos, novas técnicas ou novos conceitos que dessem resposta às necessidades e tendências do sector, permitindo a sua dinamização e valorização. O arquiteto Sérgio Magalhães recebe um prémio de 2.500€, tem agora a possibilidade de se juntar à equipa de I&D da empresa e estudar o potencial de produção e adaptabilidade das suas soluções. O Prémio Master N41º – AGEAS, que inclui um prémio de 6000€ e a criação de um protótipo da ideia escolhida, vai ser conhecido em setembro, numa cerimónia que deverá contar com a presença do Ministro da Economia.

Lista dos premiados:
Prémio Inovação JJ Teixeira – Sérgio Magalhães – Sistema PEG.GO


O Júri constata que a proposta vencedora recorre aos materiais propostos pela empresa JJ Teixeira e sistematiza todo o processo construtivo, demonstrando as múltiplas possibilidades de conjugação das peças, revelando versatilidade e flexibilidade, permitindo ao utilizador personalizar os espaços através da variedade de soluções que o sistema idealizado permite. O estudo do processo construtivo é igualmente revelador da exequibilidade da solução. O júri salientou ainda a intemporalidade da solução e que a identidade do produto justifica o nome que lhe é atribuído – PEG.GO.

Equipa: Sérgio Magalhães – Arquiteto
Catarina Rodrigues – Diretora criativa
Tiago Nogueira – Gestor criativo

Extrato da memória descritiva:

«O PEG.GO, produto inspirado no peg board, é um sistema verdadeiramente multifuncional do qual qualquer utilizador poderá tirar o melhor proveito possível, apropriando-se da sua capacidade de transformação e adaptação às necessidades num determinado período ou espaço físico. O PEG.GO é uma forma eficaz de reconfigurar espaços, de forma quase imediata, sem que para isso seja necessário mais do que um esquema de montagem e a criatividade. Os próprios utilizadores são convidados a definir a estrutura formal ideal, com autonomia, e sem necessitarem de apoio técnico profissional, que inclua instaladores ou obras.

O próprio nome do produto reflete aquilo que ele significa, um peg (PEG) board pronto para ser ativado/alterado/adaptado (GO) – PEG.GO, o aliado perfeito para espaços de trabalho como escritórios, universidades, bibliotecas, museus, cafés, espaços cowork, entre outros.

Criado a partir da lógica da construção baseada em encaixe e junções típicos da carpintaria japonesa, as estruturas (de pequena e grande dimensões) são montadas a partir de entalhes e ranhuras evitando ao máximo a utilização indiferenciada de parafusos e outras técnicas de impacto relevante no custo, mão de obra e produção da solução. (…)»

Proposta Agenda Porto

Participação do studium no concurso para a identidade gráfica de novo projeto editorial, lançado pela Ágora, com apresentação de portfólio.

(…)

A posição da minha equipa na apresentação da proposta, passa
por equilibrar os fatores de reconhecimento genérico, com os
fatores de inovação e integração das novas políticas culturais
e sociais de comunicação. O objetivo é chegar a diferentes
públicos através de um sistema de comunicação, que permite
o reconhecimento imediato, através de simbologias visuais
universais como tipografia, hierarquia e cor, e que se tornarão
nos elementos chave da leitura e organização da Agenda Porto.
Paralelamente, e porque a nossa posição é crítica, será
elaborado um processo de análise e intervenção sobre os
paradigmas de comunicação, através da ambivalência estratégia
print-digital, de forma a garantir redundância entre os dois
meios, formalizando o potencial desta realidade complementar.
O que proponho, mais do que uma identidade e um layout
formal, é uma abordagem crítica, personalizada, tanto quanto
disponível às reais necessidades de comunicação da cidade
do Porto.

Catarina Rodrigues,
diretora criativa

Instalação Urbana World’s Best Fish

Em 2018 o studium e a AMMP apresentam uma proposta para criação de diferentes instalações urbana em Matosinhos

Em 2018 o studium e a AMMP apresentam uma proposta para criação de diferentes instalações urbanas, com o propósito de marcarem a entrada na cidade de <matosinhos, através dos seus eixos principais e da sua marca de turismo – World’s Best Fish

  • Localizações
    • Praça de remate da avenida da República
      • Rotunda junto ao posto de turismo
        • Rotunda da avenida de Serpa Pinto

O conceito passa pela elaboração de estruturas simbólicas dos ícones da cidade, como é o peixe, as redes de pesca, o barco, entre outros. As instalações servem ainda o propósito de caracterizar e personalizar cada uma destas entradas e saídas da cidade, através de soluções individuais, as quais absorvem outras temáticas como sustentabilidade, energias renováveis e produção local.

Pela interatividade, eliminar um problema (a acessibilidade à cidade)
com uma solução impactantee permanente.

Os elementos naturais, tratados neste projeto são descritos como:

O SOL
“a energia solar cria um autêntico teatro de sombras que permite dar aos transeuntes uma noção de movimento, ação e interação com a instalação urbana.”

O VENTO
“a energia eólica é utilizada como animação da instalação urbana, uma vez que é através desta energia que se geram as rotações que interagem com os automobilistas.”

Continuamos o Tempo

O tempo continua a expandir-se como uma jorrada de experiências e motivos de evolução. Neste ano 2022, em que outros espectros se demonstram nesta debandada de tempo, o resumo de 10 meses parece já sustentado pelo convicto estado de que são mutáveis as tendências da sua percepção. Mas ao tempo ninguém sabe ainda, vencer.

Os desígnios visuais, tridimensionais, especulativos ou reais continuam a apresentar-se como histórias narradas por quem as cria. Histórias confrontantes com o estado da realidade, continuamente apaixonadas pela assertividade que sempre caracteriza todas as ações da criação.

Catarina Rodrigues, diretora criativa studium

Exposição Identidade Fluxo-Tempo

Somos todos uma matéria que desconhecemos até ganharmos noção do que é o tempo.

Grande parte de nós, continua esse caminho curto e estranho sem se aperceber do denominador comum.

studium – identidade Fluxo-Tempo

Essa parca certeza de domínio de tudo faz de nós seres alheados como meras passagens, refletidas na água, no espelho, no céu, ou figuras que buscam o sossego e evitam o que lhes rouba o fôlego?

Espelho | Fotografia: Михаил Секацкий

Nunca falar do tempo fez tanto sentido – houve um tempo que nos congelou, houve uma hora que nos obrigou à introspeção, há uma energia que procura sair de todos os poros que existem na pele. Tudo é tempo, tudo é a forma distante e indefinida que se representa por um fluxo, também ele disforme, enorme, aparente e sem limite.

Moodboards studium

O Fluxo do Tempo e o Tempo vertido num Fluxo são a forma de todas as coisas – as que vemos e as que prevemos, numa dança entre a ilusão e a desilusão de pisar um chão cru, mexido, despenteado, um chão carregado de identidade studium, onde estranheza e paixão definem a forma que perde a mão e que ganha o movimento como certeza – somos todos uma matéria que conhecemos quando ganhamos noção do que é o tempo.

Catarina Rodrigues, diretora criativa studium

Monografia Narrativa do Percurso

a não-futurologia

2042 será um novo ano de reflexão, não pela subordinação ao tempo e à necessidade de eternizar ciclos, antes porque daqui a 20 anos terei uma perspectiva clara de todo o processo, e da forma como 2022 se demonstrou útil na leitura dos anteriores 20 anos. 

Monografia studium

Sob o ponto de vista ontológico, esta reflexão sobrepõe-se à existência real de um calendário; ela contempla o ser enquanto matéria real ou especulativa, tanto quanto filosofa sobre pertinências claras do status quo. É esse o conceito de ontologia aplicado a este processo, é uma constatação do que este studium será daqui em diante, sem que o medo de evolução seja um perturbado causador de desempate entre a realidade e a utopia.

Capítulo – considerações do autor

Pensar em futuro é o mesmo que pensar no presente; este instante imediato que acabou de atravessar entre os meus dedos na clara percepção de tempo, que já nem presente é, e por isso, esta não-futurologia, nunca se inibe de ser uma realidade aumentada, por mim.

Capítulo – ontologia de um método

Em 2042 seremos pessoas em perfeita capacidade de repensar toda a verdade do que vimos, de onde fomos e para onde queremos continuar. Parece eternamente distante, quando a verdade irá possivelmente provar o enlace entre a metodologia (fator de decisão) e a hipótese (fator de implementação) e ambos, agarrados a um estado de mutação, vão sempre compreender o espaço e o tempo de que tanto falamos em 2022. Todos os anos são anos de reflexão, todas as pequenas ou grandes pausas o permitem. A meditação que faz parte do trabalho, formaliza um estado consciente do status das coisas, essas mesmas coisas que sobrepostas, são a linha de tempo de tudo aquilo que sabemos ser. Que queremos pensar ser.

Catarina Rodrigues, diretora criativa studium

Tempo Paralelo

Enquanto fazemos do tempo o tema de 2022, as linhas que se cruzam, defendem cada vez mais uma visão definida pela leitura do que é ser tempo.

Inauguramos sem receio, o fluxo temporal da identidade studium através da mimetização do movimento, esse que se desloca no tempo e no espaço. Entre dedos sem mão, floresce uma nova leitura do futuro, orientada pelo presente e concluída pelo passado.

O tempo demonstra-se como o único fator comum neste discurso, ele é imaterialmente capaz de suceder entre a forma do que se constrói. Da monografia, à identidade #06, ao murall pecaminoso e virtuoso, existe a confluência da estratégia criativa, cada vez mais assente nas tendências próprias de avançar.

Porch of Caryatids, Erechtheion, Acropolis, Athens, Greece, 1955 | Fotografia: Isamu Noguchi 

Até um corredor vínico, crítico à forma como vemos a moral de hoje está a nascer, sendo uma vez mais, o tempo, o elemento comum a todos estes discursos criativos.

Manifesto 2+0+2+2, it’s about time

As the travelling light that breaks the past into the future.

What do we say when what we say cannot be visible – it can only be experienced?

What can a manifesto provide when in relation with time, solely time?

By now you’ve realised this manifesto is about time, the only UNmeasurable reality we all have, and yet we all LACK.

Time as passage
Time as meditation
Time as frameable reality
Time as reference
Time as me
Time as career

So what’s in 2022 that takes me into considering time as the most valuable reality that ever existed?
Well it is its uncontrollable reality, its softness, its value, its lightness.

Time passage, time going by, time to die for
photograph : Arnaud Freitas, Israel

What do I see when what I see cannot be told in any other way?

By now I can see time as the travelling light that breaks the past into the future, that embraces life as the ultimate force and expression. 2022 is a time. A time to expose what 20 years mean and it means a lot. I’m on my 10th year here, at studium, and time is still an odd sensation.

For those who experienced 7305 days of a creative purpose, of this process there is a clear sense of absence, because time is nothing but an absence either from the past or from the future.

Time absence, time stage, time beauty
photograph : Fabrizio Albertini, Radici

Time image, time feeling, time print
photograph : Fabrizio Albertini, Radici

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Catarina Rodrigues, creative director studium

studium insights #02

Mapear : Olhar para um percurso como uma fonte de informação capaz de gerar infinitas variantes de uma solução aparentemente linear. Mapear como o ato de falar, mapear como forma de descrever e endireitar linhas que por vezes nascem concêntricas, disformes, convergentes, divergentes, lunáticas ou até mesmo paralelas até atingirem uma leitura sequencial dos factos, até se tornarem num mapa esclarecido.

 

quando o mapa ganha forma também se torna guia

 

Na prática, no campo criativo, a destreza do mapa segue-nos como uma linha de vida que descreve o objeto, a intenção e o percurso percorrido ou ainda a percorrer. O mapa visual torna-se num aglomerado de informação explícita tanto quanto de informação implícita para a crítica, para análise, para os criativos e para os clientes. O mapa é para a prática do studium uma forma de dissecar e de fundamentar o mais ínfimo pormenor na leitura do projeto ainda antes de o desenvolver.

 

Catarina Rodrigues . diretora criativa studium

studium insights #01

Pergunta : “Quando falam e advogam a irrefutabilidade de uma qualquer questão, dão a entender que falam em absoluto. Queria saber se acreditam no absolutismo da vossa irrefutabilidade ou se lidam com absolutos?

alguém que visitou o studium

 

Quanto à tua pergunta, que de provocadora poderá ter somente a desconfiança perante o desconhecimento do tema, admito que estamos a falar exatamente da competência absoluta que qualquer tema de âmbito profissional deve ter.

Há bastante confusão, principalmente entre as profissões criativas, sobre o que pode ser considerado processo e no meu caso, considerando esse conjunto de práticas como um percurso colaborativo e de leitura binária entre duas entidades ( cliente – fornecedor ) não reconheço outra hipótese. Acredito no absolutismo da decisão, pois acredito na defesa de uma solução, ao invés da infinita possibilidade de mudança/insegurança no tempo de desenvolvimento de projeto – há que fechar processos e admitir responsabilidades nessa escolhas e decisões, sejam elas processuais e/ou criativas – e dependendo da forma como é construído o percurso na direção da solução, ele deve ser reconhecidamente irrefutável, e sempre independente do fator gosto.

Para terminar, os absolutos em arquitetura são a base de qualquer projeto. A técnica, o rigor, a disciplina ou a junção de todos estes fatores no termo profissionalismo, tem que ser absoluto. Só assim podemos assumir o processo de criação com a deriva, a investigação e o desenvolvimento profundamente crítico e inovador com a certeza do único resultado possível. Como não vivemos em estados quânticos de tempo e matéria não podemos assumir nada menos que a realidade do presente em que tomamos essas decisões.

 

Sérgio Miguel Magalhães . autor studium

o autor e “o que sou para vocês”

“O enlight desta sexta-feira é meu, marquei-o com o objetivo de nos reunirmos só para trocar algumas ideias com vocês, passar-vos alguns conceitos e esclarecimentos sobre aquilo que eu quero que vocês me dêem de volta.

 

Vocês repararam que eu estive ausente algum tempo, esse tempo usei-o de muitas formas e para suprir também algumas necessidades que eu tinha de saber usar melhor esse tempo e quando eu falo nisso, falo sempre em enquadrar-me nesta equipa onde nós trabalhamos e nos vemos todos os dias para desenvolver alguma coisa nova. E fez-me pensar exactamente que se eu não souber explicar corretamente o que é que eu sou, talvez seja difícil também para cada um explicar-se corretamente o que será perante mim. Então a melhor forma de nos posicionarmos uns com os outros é tomar iniciativa e explicar o que é que eu sou e por isso é que o título do enlight começa com “o que é que eu sou para vocês?”.

 

Então, eu dividi este enlight em cinco partes, vou surfar as cinco partes de forma contínua, não há nenhuma separação por capítulos, porque o que eu quero falar é desde o autor até às boas práticas, obviamente cruzando todos os mares que estão pelo meio sem nenhuma noção de sentido ou orientação.

 

Enquanto autor, o que é que eu sou para vocês?

 

Eu sou uma única palavra, eu sou um único fator, sou um único objetivo, eu sou um único ponto. Eu sou uma inspiração. Não há qualquer outra forma que eu tenha de me descrever perante vocês, perante aquilo que eu quero ser, que também é importante, perante aquilo que eu sinto ser o maior bem distribuído por todos que não essa inspiração. Por vários fatores : pela liberdade que tenho, pela maturidade que tenho, pela experiência que tenho, pela capacidade que tenho e por todas as competências que adquiri ao longo dos últimos anos da minha vida profissional. E é isso que eu sou para vocês.

 

Essa inspiração não é uma inspiração de nirvana, de consciência ou de enlightment. É uma inspiração diária — e eu vou surfar esses mares até chegar às boas práticas — é uma inspiração que permite que exista, sim, uma direção criativa, perfeitamente alinhada e em discurso direto com o autor de uma forma completamente unidirecional em que, na relação que eu e a Catarina criamos sobre o nosso desenvolvimento de trabalho, a vocês não vos compete sequer tentar perceber ou participar, nessa fase primária que tem a ver com aquilo que eu e a Catarina precisamos de pensar 20 anos à frente, 10 anos à frente, 02 dias à frente, o que quer que seja, tanto quanto pensar nos últimos 02 anos, 05 anos, 07 anos. E esta relação que vai a caminho dos 08 é incomparável, é insubstituível e é inqualificável em qualquer termo comparativo. Esta relação que eu tenho contigo, na perspetiva do autor e da direção criativa é a manifestação dessa inspiração.

 

É a partir daí que é descodificado tudo e que a Catarina, por mérito próprio, atinge o patamar de poder distribuir toda essa estratégia inspiracional, operacional, tendenciosa, aplicável a tudo. E não é a vocês, porque vocês não são autómatos, não são máquinas que se programam. É aos projetos, tanto quanto é ao expediente, tanto quanto é à exigência da vossa autonomia e vontade de participar. E é aqui que passamos para outro degrau que é : se na direção criativa esta relação é clara, a vossa relação também é clara, porque a minha relação com vocês também é clara. Mais claro do que isto eu não consigo ser. A partir daí tudo o resto que está criado neste ecossistema, seja no processo de decisão, seja no ecossistema de criação estão intrinsecamente ligados com esta primeira relação, estão intrinsecamente ligados com esta desmultiplicação para todas as equipas que estão a desenvolver projeto tanto quanto a estratégia que está a decorrer com a direção criativa. E esse ecossistema é sempre um processo de decisão.

Esse ecossistema de criação tem método e tem processo, tem rotina, tem supervisão, acompanhamento até — reparem no investimento que foi dado pelo estúdio ao x, ao perfil do Project Manager para que tudo isto possa ser mais claro ainda, o mais direto, o mais simples, o mais objetivo para que todos os dias possamos ter a correta noção do que é que se espera de nós. E o que se espera de nós é : foco, 100% foco, tanto quanto se espera descanso, 100% de descanso. E para isso existem sistemas, metodologias, processos, rotinas, sempre sempre à procura daquilo que é difícil encontrar lá fora e que os clientes nos pedem para fazer por eles. Tomar decisões, e o processo de decisão que existe entre mim e a Catarina de uma forma que não me interessa explicar, não é mística, não é segredo, mas é minha e da Catarina. Uma relação direta entre o autor e a direção criativa. Mas o processo de decisão que vai para o projeto ou que vai para a presentation ou para a publication está sempre única e exclusivamente com a Catarina.

 

E essa decisão final, a Catarina decide onde recolher a decisão individual que parte de vocês. O processo de decisão é claro. Ele é partilhado entre a direção criativa e cada membro individual da equipa. E a partir daí, quando ela está pronta para que eu possa continuar a servir de inspiração, ela é-me feita chegar e eu não me limito a dizer se gosto ou não gosto. Vocês já me conhecem, não é assim que eu trabalho. Quando me é dado um dado novo, eu processo-o em x parâmetros diferentes. Eu quero trabalhar ainda mais com vocês para garantirmos ainda melhor esse canal de comunicação à direção criativa. Perceberam isto? Isto para mim é muito importante. Que o processo da decisão seja o mais claro e direto possível a quem tem a responsabilidade de o aplicar, implementar, operacionalizar e até atualizar, acompanhar, supervisionar, às vezes suspender, saber quando voltar a ativar, perceber onde é que estão as análises de forte, fraco, ameaça, oportunidade, esses pontos que fazemos constantemente sobre uma decisão que tomamos, até na perspetiva de, eu vou à empresa x — só para parafrasear o sucesso de ontem — com duas decisões para tomar e meio investimento — como é que eu vou fazer isto acontecer? — quem toma essa decisão é a direção criativa, não são vocês. Mas a direção criativa sem vocês não existe. Vocês sem a direção criativa sentem-se perdidos e existem de uma forma individual e se não olharmos para desta forma colaborativa e desta água comum, não existe a palavra do ponto 04 que é muito importante, que é o ecossistema.

 

Não existindo o ecossistema, não há sistema. Não havendo ecologia nesse sistema, não há vida no sistema e se o sistema passa a ser inerte, morre. Não é nada disso. E é esta vida que às vezes nós temos vontade em criar estanqueidade para nós podermos ou tomar vigor nas nossas decisões ou então obter reconhecimento nas nossas decisões ou por qualquer razão pessoal, impôr a nossa decisão não pode ser feito de uma forma irresponsável, tem que ser feito nesta ecologia desta vida comum que temos aqui e que cria este ecossistema de criação. E por isso é que no final temos boas práticas. Há quem lhes chame regras, podeis chamar. Há quem lhes chame obrigações, podeis chamar. Há quem lhes chame tarefas, podeis chamar. Chamem-lhe o que vocês quiserem, no final chama-se sucesso. É esse sucesso que advém do profissionalismo, do rigor, da disciplina. Dessa entrega, dessa dedicação suprema a esse ecossistema de criação que está dentro do processo de decisão que tem como responsável a direção criativa e da qual a inspiração do autor faz parte integrante nós temos uma coisa chamada studium. E é esse o conjunto que me apetecia partilhar com vocês.

 

Sérgio Miguel Magalhães . autor studium

creative direction on SYSTEMS AND METHODS / SISTEMAS E MÉTODOS #01

SISTEMAS E MÉTODOS

parte #01 : o que é um sistema?

“A system is a group of interacting or interrelated entities that form a unified whole” — wikipedia

Por sistema entendo os diferentes componentes que geram uma relação entre elementos, temas ou princípios proporcionando uma linguagem narrativa capaz da maior abstração tanto quanto da maior configuração possível ou imaginável.

 

A prática do sistema é uma realidade comum na abordagem dada aos diferentes projetos das áreas de arquitetura, design gráfico e design web. O foco do sistema é a capacidade que este tem de se adaptar, renovar e reutilizar, demonstrando sempre que a sua existência comprova-se da teoria à prática.

 

O grande objeto de estudo studium chama-se SISTEMA METODOLÓGICO, aqui fica o seu resumo : 

 

O que é? O seu nome explica-o : é um sistema.

 

É o conjunto de informações, aplicadas a um método, de relevância teórica e prática, construído a partir do desenvolvimento racional de um processo sequencial, em qualquer meio, tema ou ambiente de trabalho.

 

É a descrição da minha abordagem metodológica, sobre a implementação dos fatores autonomia e decisão, tanto a grupos como a indivíduos que assentam a sua atividade em estruturas de conteúdo crítico e criativo. Esta é a abordagem que permite estabilizar uma forma de estar, pensar, projetar, criar e produzir. É em sim, uma forma de ser.

 

De base procedural, o sistema metodológico visa a ativação de um conjunto de premissas, implícitas e explícitas, na perspectiva da auto-verificação e sempre através do caminho da irrefutabilidade. Neste sistema, o gosto e a estética são apenas o resultado da abordagem do autor e nunca os fatores últimos de avaliação de uma solução. Assumir a presença de um algoritmo aberto nesta metodologia, permite que o sistema utilize a progressão matemática como auxílio ao desenvolvimento do projeto e é este apoio sustentado, proporcional e percentual, que gera a análise tão ou mais importante que a atividade criativa, bem como a noção concreta do seu resultado. Sem limitar direciona, aponta e orienta, seja o rumo ou o ritmo pretendido e sempre dentro do contexto em que se aplica o binómio tempo e custo.

 

O sistema metodológico foca-se na estrutura e progressão do processo, no raciocínio cumulativo e procedural que pode ser aplicado a tudo aquilo o que pretendermos, precisarmos ou procurarmos e pela sua universalidade atual, a um largo e complexo espectro de atividades.

 

Este documento gera a normalização, pela sistematização, da conclusão simplificada da abordagem racional do ato de decisão. Insinua uma abordagem, perfeitamente livre e sem condicionantes, construída sobre um conjunto finito de etapas, procedimentos, ações e iniciativas que estruturam o processo criativo e crítico, o humano criador e o resultado, como se de um processo orgânico se tratasse.

 

Do ponto de vista da direção criativa não há nada mais relevante do que  a implementação das boas práticas junto de uma equipa criativa ou de produção. A sistematização distancia-se de qualquer processo mecanicista e assume sim uma perspetiva baseada em lógica, em processo e em acumulação de informação. Este é o primeiro escrito sobre SISTEMAS studium.

 

Catarina Rodrigues . diretora criativa studium

creative direction on SYSTEMS AND METHODS / SISTEMAS E MÉTODOS #02

SISTEMAS E MÉTODOS

parte #02 : como uso o sistema?

O sistema como prática é a forma universalizada que encontramos de descrever um  percurso capaz de se adaptar aos diferentes momentos em que a DECISÃO toma forma. Sistematizar, otimizar, incluir o ato racional como matéria do futuro. Não do presente, porque esse é imediato, esse é fugaz e fixa-se num resultado limitado aos olhos de quem não prospeta, antes recebe como definitivo o objeto. 

Se sistema significa o desenvolvimento de uma história, cabe ao projeto saber contá-la, explicá-la, valorizá-la. Assim se forma o sistema, através da assunção de uma abordagem que se desmultiplica em cenários, objetivos, necessidades e vontades. Uma multiplicidade que permite que os termos “monótono” ou “desajustado” não se apliquem. 

 

Como uso sistemas?
Uma pergunta válida para quem se encontra com o studium.

 

A resposta, agora simples, resulta de anos de criação, ajuste, alinhamento promovido pelo autor e agora alimentado pela direção criativa. O mais recente exemplo foi aplicado ao contexto do ensino, onde o tema “O que é um processo de decisão?” se apropriou do SISTEMA METODOLÓGICO, a peça última que descreve e explica a forma de tratar cada projeto com a relevância necessária.

>>>>>>> Aqui, o link.

 

Catarina Rodrigues . diretora criativa studium

studium @ Porto Design Biennal 2019 – the last one!

Primeiro foram os IMPOSSIBLE METHODS depois as NEWS THAT WILL CHANGE THE WORLD até chegarmos ao último dos 03 workshops promovidos pela Porto Design Biennale : — MEANS OF PRODUCTION  com o tutor Ruben Pater ( Untold Stories )!

insight sobre a recolha de informação

 

Mais um espaço de debate, crítica e profunda análise sobre um tema de grande importância nos dias de hoje : o quê, quem e como se desenvolvem os processos de produção no design gráfico?

debate com Ruben Pater

 

 

 

 

As respostas serão materializadas na exposição que terá lugar ao longo da Bienal em 2019 🙂

 

Vejam as nossas cartas de motivação : Catarina / Sérgio

 

Catarina Rodrigues . diretora criativa studium

studium @ Porto Design Biennal 2019 – NEW!

Depois do primeiro workshop promovido pela PDB 2019 sobre IMPOSSIBLE METHODS, o studium segue para o segundo encontro do tema — DESIGN SYSTEMS com curadoria de Francisco Laranjo.

— NEWS THAT WILL CHANGE THE WORLD, workshop com tutoria de Belle Nuankhanit Phromchanya ( ACED ). Sérgio Miguel Magalhães ( autor polímata ) e Catarina Rodrigues ( diretora criativa ) participaram no evento que teve lugar entre 31 de maio e 02 de junho no Shared Institute, Porto.

Este workshop levou-nos a consolidar a pesquisa como grande mote para o desenvolvimento destes 03 dias de trabalho.

insight sobre a recolha de informação

 

Uma vez mais, apresentamos as cartas de motivação ( Catarina Rodrigues e Sérgio Magalhães ) bem como apresentações sobre os temas a desenvolver ao longo do workshop : ver aqui ( CR )  e aqui ( SM ).

 

folha de trabalho Catarina Rodrigues, diretora criativa studium

 

Sérgio Miguel Magalhães, autor studium

 

folha de trabalho Sérgio

 

Segue-se nova participação entre 20 e 22 de junho
— DESIGN SYSTEMS : workshop 3 MEANS OF PRODUCTION promovidos por Ruben Pater ( Untold Stories )

 

Catarina Rodrigues . diretora criativa studium

studium @ Porto Design Biennal 2019

É no panorama cultural portuense e nas ativações de novas formas de consolidar e evoluir o discurso criativo que o studium . creative studio afirma cada vez mais a sua capacidade crítica, uma caraterística que nasce desde o  mote do estúdio “an assertive blend of rigorous vision, passion and oddity”. A nossa forma de estar perante o contexto presente tanto quanto o contexto emergente.

 

— DESIGN SYSTEMS : workshop 01 IMPOSSIBLE METHODS promovidos por Luiza Prado e Pedro Oliveira ( A Parede ) no âmbito da 1ª Porto Design Biennale ( PDB2019 ) são disso exemplo. Sérgio Miguel Magalhães ( autor polímata ) e Catarina Rodrigues ( diretora criativa ) participaram no evento que teve lugar entre 10 e 12 de maio no Shared Institute, Porto com curadoria de Francisco Laranjo.

 

Sérgio Miguel Magalhães, autor studium

 

Desde as cartas de motivação de ambos ( Catarina Rodrigues e Sérgio Magalhães ) são explícitos os pressupostos críticos sobre o tema proposto : OS MÉTODOS IMPOSSÍVEIS. O workshop consolidou-se numa abordagem analítica, forense sobre aquilo que compreendemos como objeto de design bem como o seu contexto local, emocional — transversal ao percurso do objeto, desde a sua criação à produção, utilização, desgaste e fim. 

 

 

Catarina Rodrigues, diretora criativa studium

 

Segue-se nova participação entre 31 de maio e 02 de junho
— DESIGN SYSTEMS : workshop 2 NEWS THAT WILL CHANGE THE WORLD promovidos por Belle Nuankhanit Phromchanya ( ACED )

 

dossier resumo

 

estudo Sérgio

 

estudo Catarina

 

Catarina Rodrigues . diretora criativa studium

Arkipélago Cultural . Candidatura CRIATÓRIO

A presença do studium . creative studio na ativação da cidade do Porto é cada vez mais evidente. A minha ação, enquanto autor polímata é feita através de ferramentas de comunicação, curadoria, exposição, programação e participação ativa nos eventos propostos e promovidos por diferentes agentes culturais da cidade.

 

2019 é o ano de candidatura ao CRIATÓRIO — concurso anual de apoio à criação artística no Porto “cujo objetivo passa por contribuir para a consolidação da atividade de artistas e agentes culturais provenientes de múltiplas disciplinas artísticas, e que no Porto podem encontrar um contexto propício ao desenvolvimento da sua prática profissional”.

 

A proposta Arkipélago Cultural foca-se na ativação e sinalização do território e da paisagem ( as ilhas ), no cruzamento entre a geografia das memórias com os lugares das histórias ainda por contar; as do arquipélago bio-etnográfico¹ e do novo mapa ​indie​ cultural da cidade do Porto.

 

 

 

A minha proposta >>>>>> DOWNLOAD 

 

 

 

¹ ​A bio-etnografia do arquipélago portuense
Saiamos à rua. Num percurso típico de homem, mulher ou criança podemos descobrir os mais variados conceitos que irão para sempre influenciar, não só as nossas rotinas de reconhecimento do território como, acima de tudo, gerar as memórias dos lugares que nos marcam para sempre. Pela particularidade da sua personalidade, pela perspicácia ou pelo enquadramento especulativo/experimentalista, nós, seres, estaremos para sempre vinculados aos lugares ​bio-etnográficos ​que melhor representam o património cultural que acumulamos por escolha. Na rua, 03 entidades meramente representativas (o homem, a mulher e a criança) enfrentam a simbologia da cidade, essa que cada vez mais se alimenta de diferentes considerações materiais e imateriais através de discursos sociais e antropológicos potenciados pela experiência ​per se​. A fisicalidade dos símbolos assume que o reconhecimento é garantido, é obrigatório, é fulcral à sua conversão para o meio digital.