the UNBUILT series . autoriginalidade

Aceder para além do universo conhecido, “o do construído”, para a prática do possível, “o do não construído”; esse tal que sobrevive da hipótese e da conjetura científica, seja através da investigação, da experimentação ou do puro deboche especulativo, sempre crítico enquanto assertivo. 

A motivação do próximo passo é, uma constante de raíz formativa clássica, que se educa na mente de quem, como eu, se apoia na incessante busca da próxima pergunta, e por isso, na eterna e consequente inquietude da ambição universal, talvez mesmo imaterial.

Uma demonstração de experiências que ultrapassam a sua forma primária de hipótese, no resultado efetivo que é apresentado como facto. Concreto. Uma seleção cronológica de elementos criteriosos, inspirados na base no vernáculo, com intenção universal no duplo sentido da dádiva, tanto quanto da homenagem.

técnicas de comunicação em arquitetura

espaço

… o meu, o nosso, alugado ao visitante, o uso, do estúdio e da galeria, do gabinete, do escritório, dos serviços, da reunião, da receção, do tempo, da equipa, do duche, da função, do diário (dia-a-dia), do acesso, da sala, do arquivo, do descritivo útil. A sobreposição da função estúdio e da função galeria assente na franca abertura ao visitante, um aluguer temporário da minha casa. Em si um espaço de uso sendo ele o seu próprio suporte de comunicação. O ambiente e a experiência que o volume preenchido por pessoas, objetos e intenções proporciona na leitura de um momento emprestado. O grupo, o indivíduo, mas acima de tudo a ideologia, o estado de espírito e a abertura de conteúdos em desenvolvimento, a nu, a cru, para todos quantos queiram absorver. Uma participação em tudo cognitiva, mas passiva, somente observante, que renega o ato da criação, da técnica, da profissão, para o vitrinismo, como sendo o mais puro voyeurismo. A devassa permitida da minha vida privada profissional, na presença e controlo da vítima.

do exterior

… ao interior, relacionando o exterior com o tema através da ligação desde a cidade próxima, numa orientação de signos urbanos, quase marginais e insuspeitos no chão da cidade, até ao momento da entrada. Uma forma de ativação do espaço, necessária, e que marca de forma temporária o evento, com o uso previsto da técnica na mera duração necessária. A marca que pelo desgaste marca o tempo e alude à erosão corrosiva da memória futura do conteúdo desta mensagem.

expositor

… o único passível de me representar, dimensionado para condicionar volumetricamente a sua presença, enquanto confronta o observador perante um conteúdo que ativa o seu próprio interesse e o relevo espacial da exposição em movimentos. Completo, complexo e concreto, disposto de forma a dispor do participante e nunca depender do contrário para se apresentar a si, senhor expositor, tanto quanto o seu conteúdo, como o valor de base incontornável e autoral a apreciar. A base da permissão de saída da norma do plano vertical, que sempre caracteriza a visão dos espaços expositivos de base clássica, para um enquadramento simplificado entre suporte expositivo, instalação e até como material expositivo em si próprio. Selecionado a partir de um sistema de forma e uso(s) – uma preferência pessoal de anos (um sistema!) – preparado para a reutilização e reformulação de temas e componentes em contextos e novas fórmulas de apresentar conteúdo, intercalando-o com o uso e a função adequada a cada momento.

compartimentação

… só implícita, garantindo a perfeita orientação: do conteúdo ao participante, do participante ao conteúdo, do cenário ao observador, do elenco ao público, de volta ao conteúdo, numa dança osmótica entre sujeito, verbo e adjetivo. Pontos de vista, vislumbres e trocas de olhar, uma cena comum ou menos – mais como sempre – no local do criador como o fundo da sua própria criação, um enquadramento de rotinas, mundana na anormalidade da personalidade única do espaço do estúdio, galeria e das suas gentes.

Fernando Távora

… dialética e linguagem, uma referência além visual, que comunica através do pragmatismo boçal de uma forma de falar, seja por linhas, texturas e/ou signos universais próprios da linguagem de arquitetura. Exemplo docente de uma dedicação ímpar em expor o exemplo, na claridade de um qualquer desenho isolado, de uma composição ou de um painel concursante, até ao relato escrito da memória descritiva. Um comunicador científico que inspira a legibilidade do conteúdo ainda antes de propor o tema e por isso é a minha incontornável referência de ser, simplesmente, professor de algo muito maior que o resultado da sua própria visão, ambição e fama: projetado para já em dois Pritzker, enquanto descendentes diretos da sua amabilidade em comunicar.

RGB+k

red, green, blue + black, a base que entusiasma o espectro restante numa síntese de valores infinitos. Uma abordagem referencial à técnica que emite e subtrai, pela cor o resultado, ao invés da absorção e adição CMYK. Uma escolha que se define no espectro polarizado desde a ausência até à saturação, onde há um número concertado de patamares, pausas, pontos notáveis na escala espectral que permitem assumir a gestaltalização de um mundo descritivo e acessível. A escolha desta universalidade, transdisciplinar, do código de cor que permite estabilizar a leitura da forma, da estrutura, dos compartimentos e o seu conteúdo, na virtude da simplicidade e da normalização da regra visual.

anamorfismo

… analógico, real, incitação participante de movimento e a inclusão premeditada da quarta dimensão na apropriação da informação primária. Cubista, suportando uma eficácia de espaço e de informação complexa, bipolarizando o sujeito de passivo a ativo, programando a sua presença pelo ajuste dos seus movimentos, dominando de uma forma consciente os passos condicionados pela intenção do percurso expositivo ideal.

impressão

… tridimensional, o atalho para a compreensão exata da forma e do volume do projeto. A caracterização à escala que, possibilita a aproximação ao real sem o ser verdadeiramente facto. Aqui, exploradas em impressões técnicas decorrentes de um resultado projetado, as maquetas acumulam mais uma ferramenta, ainda pouco explorada na forma de abordar a comunicação de arquitetura.

autoriginalidade

… por todo o conteúdo, marcado, pelo seu autor na analogia da assinatura, na apresentação de uma parte sua, científica e original, a que acede somente o público presencial na promoção do ato conservador e museológico. Também em arquitetura, este ato exige uma transformação de apropriação do autor, que não se limita a digitalizar o raciocínio curatorial e que permite ao curador accionar-se a si próprio (como autor) assumindo até aqui a autoriginalidade da exposição.

Faço-o por uma ambição desmedida em ser um exemplo universal, ao mapear um toolkit expositivo, um sistema como conjunto de hipóteses, prontas a ser o programa formativo que deixo aos que seguem e que me caracterizam enquanto curador de pessoas e mentes.

A complexidade máxima da minha densidade. Forma que só o autor consegue ser, enquanto domina técnica e conteúdo, num resumo de camadas e camadas de informação, intenções, manipulações e programações subliminares, sempre com a (altruísta) passagem de conhecimento e a formação de singulares descendentes.

the UNBUILT series . a eira

O green do campo de golfe Axis em Ponte de Lima é o cenário deste projeto que, localizado numa encosta, procura o menor impacto na paisagem e a maior simbiose com a envolvente, incitando à fruição da paisagem natural do Minho verde.

A proposta de materiais crus – deixados nas suas texturas naturais – o recurso a vidro espelhado – que ecoa a paisagem – e o desenvolvimento da proposta em vários níveis – que acompanham o declive do terreno numa constância de escala humana – são as linhas que geram esta casa, um habitar pensado para um casal único, peculiar, que preza a sua privacidade, conforto, e que gosta de receber com deferência.

the UNBUILT series . a casa mão

O verdadeiro lugar onde reside a obra não é apenas no interior da casa, mas na mente da pessoa que a viu.

contexto

O projeto alicerça-se na necessidade de criar um modelo de habitação standard, passível de ser produzido em série e, dessa forma, responder às necessidades de habitação globais de forma rápida e económica. Essa standardização das técnicas e das formas teve em consideração a diversidade dos modos de habitar atuais, a sua constante mutação e imprevisibilidade, evitando alinhar numa visão determinista da família e da habitação. Um standard flexível que funcionasse como um organismo vivo e evolutivo, resultado de níveis distintos de intervenção protagonizados por diversos intervenientes.

No projecto, essa flexibilidade foi conseguida através da separação entre um suporte estático e um determinado número de elementos destacáveis a ele justapostos. Esta relação entre estrutura perene e elementos flexíveis estruturou-se do geral para o particular, do público para o privado, da infra-estrutura para o espaço, garantindo sempre um núcleo habitacional mínimo e autónomo que pode ser ampliado, reduzido ou manter-se inalterado ao longo do tempo.

Do ponto de vista construtivo, foi dada continuidade à pesquisa desenvolvida no âmbito do projecto A Casa Portuguesa, com vista à criação de protótipos de habitação pré-fabricada. Com excepção do núcleo perene, foram usadas técnicas de construção a seco que funcionam através da assemblagem de elementos pré-fabricos.

Do ponto de vista formal, por seu lado, o contorno e proporções de uma mão aberta servem de base para o desenho da planta do edifício, garantindo a estabilidade de uma base canónica que sustenta as variações do modelo.

conceito

Uma parede de betão delimita um núcleo central que funciona como uma unidade mínima de habitar, suportando a adição de até quatro contentores pré- fabricados. A articulação entre estes dois conjuntos mimetiza, na forma e proporção da planta, a relação entre a palma e os dedos de uma mão.

A contradição entre o caráter escultórico do volume em betão e o aspecto ordinário dos contentores pré-fabricados gera tensões que enriquecem o significado da obra, fazendo-a oscilar criticamente entre valores iconográficos e outros estritamente funcionais. Essas tensões são exploradas a diversos níveis: a brutalidade do betão à vista contrasta com a delicadeza das formas que ele materializa enquanto a fealdade do contentor com o carácter intimista do seu interior. Estruturalmente, as paredes exteriores do núcleo central formam uma linha contínua de betão que suporta o encaixe dos módulos pré-fabricados e as estruturas do pavimento em soalho e da cobertura em painel sanduíche. O pavimento assenta numa estrutura metálica ligeira aparafusada à parede, não havendo contacto com o solo.

Funcionalmente, o núcleo central perene funciona como um openspace desenhado em torno de um pátio central e que alberga as funções públicas da casa – entrada, sala de estar, sala de jantar e cozinha. Este espaço é separado da zona de acesso aos módulos pré-fabricados através de um volume opaco onde estão a instalação sanitária e a zona de arrumos gerais. A zona privada é composta por um a quatro módulos pré-fabricados que podem receber um quarto com instalação sanitária ou um escritório.

projeto

O volume edificado está implantado num terreno hipotético, sem desníveis ou construção envolvente, e orienta-se de forma a que os quartos se relacionem com o interior do terreno, deixando a zona pública na proximidade da rua. O percurso de acesso faz-se em redor do polegar e a entrada é feita no ponto de contacto entre o dedo e a palma, sendo antecedida por um pequeno alpendre. As funções públicas organizam- se em torno de um pátio interior que permite o constante contacto visual, enquanto a zona de acesso aos espaços privados- resguardada pelo núcleo infra-estrutural – permite a criação de um quarto, dando hipótese de não serem acrescentados quaisquer módulos à estrutura perene.

As redes infra-estruturais de electricidade, água e saneamento funcionam no espaço deixado livre pelo pavimento sobre-elevado, dispensando a abertura de rasgos nas paredes, o mesmo acontecendo com o aproveitamento das águas pluviais e da instalação solar-térmica.

A zona privada é composta por um a quatro contentores de porto de 40′ ou 20′ que podem funcionar como quarto ou como escritório. O isolamento térmico e o acabamento interior são garantidos por painéis sanduíche com revestimento melaninizado em folha de madeira de carvalho colocados nas quatro faces laterais interiores do contentor.

As várias funções do quarto – instalação sanitária, quarto de vestir, zona de trabalho e zona de estar – são separadas por painéis alveolares com o mesmo revestimento melaninizado das paredes limite. Esta solução permite que as diferentes funções funcionem como nichos modulares cuja dimensão e localização podem ser facilmente alteradas, garantindo alguma flexibilidade.

 

the UNBUILT series . o espigueiro

A paisagem Minhota é marcada por elementos arquitetónicos peculiares – os espigueiros.
Estas pequenas estruturas tradicionais para conservar o cereal são caracterizadas pela elevação em relação ao terreno e pela secção pentagonal, composta por laje e paredes com ventilação e cobertura cerâmica em duas águas.

O Espigueiro, um projeto localizado a poucos quilómetros de Barcelos, procura interpretar estes elementos da paisagem, tirando partido do declive natural do terreno e dialogando de próximo com a envolvente.
Construtivamente, o edifício caracteriza-se pela articulação, nesta morfologia tradicional, de materiais standard e modulares, na busca de uma assemblagem prática e eficiente.

the UNBUILT series . a casa portuguesa M04 04F

M04 04F

contexto

Modelos com 02 pisos, inspirado na casa tipica portuguesa do Minho e Trás-os-Montes.
Este modelo é específico para integração em lotes de grandes dimensões.

conceito

A construção é simples, rápida e eficaz em termos de tempo e de custo.
Construção a seco (sem adição de água), produzida em fábrica e transportadas em peças para o local de implantação.

projeto

Escadas na fachada principal com acesso a alpendre.
A organização interna é feita através deste alpendre.
O recorte da área da garagem pode também servir para adaptar o modelo a um terreno mais sinuoso.

*

A casa portuguesa, um início, enquanto contexto ideológico de autor, uma questão basilar do como inovar pelo fazer, melhor. No limite de um serviço social formativo onde se demonstra a todos o bom, o simples, o disponível e, o atualmente nada aproveitado. Por isso também o nome sugere a identidade de cada modelo e apregoa a génese de tudo, uma casa portuguesa.

Vernáculo nunca, mas de contexto, sempre. Uma história maior do que a fronteira que determina um local e que abraça genericamente o mundo na certeza da solução adequada a uma necessidade humana: habitar. Colocar em causa o que o Homem sempre soube, o que precisou e em qualquer situação para viver e sobreviver, sem o prestígio ou a exaltação indulgente como mote. É tão simples como absorver os espaços visitados e digeri-los numa técnica de futuro, é atentar no que sabemos ser a falta de e, providenciar resposta; é fazer mais por quem nunca precisou de tanto. É perceber que dentro do nosso limite territorial existem experiências traduzidas em saber, esse sim, o mais puro vernáculo; um saber que precisamos para atingir qualquer latitude e longitude global.

the UNBUILT series . a casa portuguesa M02 02F

M02 02F

contexto

Modelo com 02 pisos, inspirado no modelo tradicional da casa mediterrânea.
Este modelo é específico para integração em lotes urbanos.

conceito

A construção é simples, rápida e eficaz em termos de tempo e de custo.
Construção a seco (sem adição de água), produzida em fábrica e transportadas em peças para o local de implantação.

projeto

Terraço acessível por escadas exteriores.
Pequenas aberturas para o exterior, de modo a controlar a excessiva exposição solar.
Grande volume envidraçado que acompanha todos os pisos pelas escadas, formando uma abertura a céu aberto no pátio de entrada. Este elemento garante iluminação e passagem de ar para todos os quartos.

*

A casa portuguesa, um início, enquanto contexto ideológico de autor, uma questão basilar do como inovar pelo fazer, melhor. No limite de um serviço social formativo onde se demonstra a todos o bom, o simples, o disponível e, o atualmente nada aproveitado. Por isso também o nome sugere a identidade de cada modelo e apregoa a génese de tudo, uma casa portuguesa.

Vernáculo nunca, mas de contexto, sempre. Uma história maior do que a fronteira que determina um local e que abraça genericamente o mundo na certeza da solução adequada a uma necessidade humana: habitar. Colocar em causa o que o Homem sempre soube, o que precisou e em qualquer situação para viver e sobreviver, sem o prestígio ou a exaltação indulgente como mote. É tão simples como absorver os espaços visitados e digeri-los numa técnica de futuro, é atentar no que sabemos ser a falta de e, providenciar resposta; é fazer mais por quem nunca precisou de tanto. É perceber que dentro do nosso limite territorial existem experiências traduzidas em saber, esse sim, o mais puro vernáculo; um saber que precisamos para atingir qualquer latitude e longitude global.

the UNBUILT series . a casa portuguesa M03 02F

M03 02F

contexto

Modelo com 03 pisos, inspirado na casa tradicional portuguesa do Norte, no Minho.

Este modelo é específico para integração em meios suburbanos, permitindo a possibilidade de construção em banda ou adaptação a lote livre.

conceito

A construção é simples, rápida e eficaz em termos de tempo e de custo. 

Construção a seco (sem adição de água), produzida em fábrica e transportadas em peças para o local de implantação.

projeto

Grande envidraçado que acompanha o pé direito duplo na fachada principal e que enfatiza a entrada.

No interior, um tiro de escadas une os diferentes pisos e distribui para os diversos espaços.

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A casa portuguesa, um início, enquanto contexto ideológico de autor, uma questão basilar do como inovar pelo fazer, melhor. No limite de um serviço social formativo onde se demonstra a todos o bom, o simples, o disponível e, o atualmente nada aproveitado. Por isso também o nome sugere a identidade de cada modelo e apregoa a génese de tudo, uma casa portuguesa.

Vernáculo nunca, mas de contexto, sempre. Uma história maior do que a fronteira que determina um local e que abraça genericamente o mundo na certeza da solução adequada a uma necessidade humana: habitar. Colocar em causa o que o Homem sempre soube, o que precisou e em qualquer situação para viver e sobreviver, sem o prestígio ou a exaltação indulgente como mote. É tão simples como absorver os espaços visitados e digeri-los numa técnica de futuro, é atentar no que sabemos ser a falta de e, providenciar resposta; é fazer mais por quem nunca precisou de tanto. É perceber que dentro do nosso limite territorial existem experiências traduzidas em saber, esse sim, o mais puro vernáculo; um saber que precisamos para atingir qualquer latitude e longitude global.

 

the UNBUILT series . a casa portuguesa M01 04F

M01 04F

contexto

Modelo com 01 piso, inspirado na casa tradicional portuguesa do Sul, no Alentejo.
Este modelo é específico para a integração em lotes de grandes dimensões.

conceito

A construção é simples, rápida e eficaz em termos de tempo e de custo.
Construção a seco (sem adição de água), produzida em fábrica e transportadas em peças para o local de implantação.

projeto

Oclusão à luz exterior, protegendo o interior da luz solar direta.
Organização interna em torno de pátios ou “pátios”.
Aberturas estrategicamente colocadas, favorecendo o contacto com a envolvente.
A única grande abertura perpetua a reminiscência das ferramentas agrícolas. Agora serve os veículos em uso.

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A casa portuguesa, um início, enquanto contexto ideológico de autor, uma questão basilar do como inovar pelo fazer, melhor. No limite de um serviço social formativo onde se demonstra a todos o bom, o simples, o disponível e, o atualmente nada aproveitado. Por isso também o nome sugere a identidade de cada modelo e apregoa a génese de tudo, uma casa portuguesa.

Vernáculo nunca, mas de contexto, sempre. Uma história maior do que a fronteira que determina um local e que abraça genericamente o mundo na certeza da solução adequada a uma necessidade humana: habitar. Colocar em causa o que o Homem sempre soube, o que precisou e em qualquer situação para viver e sobreviver, sem o prestígio ou a exaltação indulgente como mote. É tão simples como absorver os espaços visitados e digeri-los numa técnica de futuro, é atentar no que sabemos ser a falta de e, providenciar resposta; é fazer mais por quem nunca precisou de tanto. É perceber que dentro do nosso limite territorial existem experiências traduzidas em saber, esse sim, o mais puro vernáculo; um saber que precisamos para atingir qualquer latitude e longitude global.

 

the UNBUILT series . contexto da exposição

Esta exposição foi selecionada pela Ordem do Arquitetos para fazer parte da 7ª edição do roteiro dedicado à comemoração do mês da arquitetura, designado por ARQ OUT 18.

UNBUILT, não construído ou o ainda não construído?
2008 e a crise. A (des)confiança social e económica abate-se no investimento privado do cliente particular, reduzindo-o a valores irrelevantes. O estúdio, por adaptação, reposiciona o seu foco na arquitetura possível, com grandes clientes no sector corporativo e na direção de projeto para a criação e requalificação de centros empresariais, unidades industriais e de saúde privada, feiras internacionais, escritórios e algumas reformulações de pequenas frações de habitação.
A casa e o habitar, sensivelmente explorados desde 2002 em vários projetos de média e grande escala, aqui, assumem um enquadramento quase fantasioso e rumam ao universo académico, num traçado exploratório de potencial e valor como forma de captar o interesse do mercado (que outros abandonaram), numa atitude irreconhecível para o arquiteto.
De base no projeto conceptual da casa do próprio autor, em Portugal, os projetos apresentados são momentos de pura exploração sobre os modelos de habitar vernáculos, as técnicas e pressupostos construtivos, como os argumentos de uma sustentabilidade irrefutável.
Esta seleção de projetos lança a reflexão sobre o paradigma da profissão no seu acesso e dependência à encomenda, bem como na criação de oportunidade comercial a partir da rentabilização da investigação científica sem financiamento.
Devido ao interesse integrado do estúdio em arquitetura, produto, design gráfico e web design, os pressupostos nativos das formas de comunicar projeto são intencionalmente questionados: o teor da exposição eleva o conteúdo formal desde as bases que marcam o autor, nos seus estudos dos painéis de Távora para Aveiro, para veleidades gráficas RGB+k, dinâmicas anamórficas de base digital, e por fim, disseca as expressões técnicas de representação tridimensional física impressa.

A inauguração da galeria : studium GALERIA

O autor, o estúdio, a galeria e o tempo. O espaço físico diário sob a direção criativa do arquiteto Sérgio Miguel Magalhães, onde são expostos os projetos da série the UNBUILT. De base conceptual da casa do próprio autor, estes são momentos de pura exploração sobre os modelos de habitar vernáculos, as técnicas e pressupostos construtivos, como os argumentos de uma sustentabilidade intemporal irrefutável. 

Exposição em ambiente de trabalho desde a matéria pessoal e crítica; um exploratório real com base em especulações sobre a arquitetura vernácula e experimental.

O estúdio criativo, sediado no Porto, dedicado a desenhar o tempo e a moldar o espaço pela arquitetura, design de comunicação, design de produto e web design.
Esta abordagem multidisciplinar, crítica, permite olhar cada projeto como um todo, integrado, evoluindo assim os limites da percepção e do contexto, na diluição das barreiras e preconceitos sobre as diferentes disciplinas a que um criativo se permite explorar.
O rigor, a intensidade e a paixão, a metodologia. O sistema que confirma esta forma de estar, enquanto prova a irrefutabilidade processual pela excelência, da dedicação.
Inusitado, assentei o estúdio no centro do Porto, numa zona incontornável da cidade: o Pátio do Bolhão.

Esta seleção, permite-me viver a cidade de perto, num equilíbrio entre o tudo e o necessário.

O estúdio é um porto de interesses, de usos, uma descoberta, pela estranheza, ao renascer uma velha garagem num espaço improvável.

Desde a investigação ao resultado, e onde tudo acontece, logo ali ao lado.

FCPortuense . quem diria que são paredes

The walls are becoming a reality.

Brand new #illustrations and creative approaches to the interior wall enooorrrmous display.

A good technique. A precise theme. A #northern expression only possible by #studium.

9. ANIMATION

9. ANIMATION

  1. Description:
    1. The interaction through animation of an abstract and undeciphered projection with a reality, an object, a shape, a space and everything in between. Motion, intensity and visual weight.
  2. Goal:
    1. Stacticityc breaker. A delightful experience of animated implications into bidimensional solid shapes of nothing.
  3. Instructions:
    1. Move the slider.
  4. Technical:
    1. PVC print.
    2. Paper print.
    3. 70x50cm frame.

8. COLLABORATION

8. COLLABORATION

  1. Description:
    1. A prediction of other creatures behaviour and the human control of it. Collaboration between the creator and the chosen irrationals with mutual benefits.
  2. Goal:
    1. Control. Predictability of the supposed unpredictable. The interaction with nature in the broader game of instinct and in the dynamic relations between humans and animals. With winners on both sides of the spectrum, an experience where they get food and i get the result from them. This, made clear in a time lapse of changeable, lively and sequential images.
  3. Instructions:
    1. Position yourself in front of the screen.
    2. Don’t imitate them.
    3. Don’t ask for sugar.
    4. Don’t call your friends.
    5. Don’t make a trail for others to follow.
  4. Technical:
    1. Ants.
    2. Sugar.
    3. Video camera.
    4. Patience.

7. NATURE

7. NATURE

  1. Description:
    1. Interpolation of a straight image projected on a three dimensional irregular surface changing it completely depending on the observer point of view.
  2. Goal:
    1. The point of view can deceive the construction of an idea, using the juxtaposition and imprint of the design in a simple abstraction of something unidimensional into something pluri dimensional. A volumetric approach constructing a new visualization from the hand and mind of the creator. A projection of intention and desire to complete something with a signature of thought.
  3. Instructions:
    1. Be enlightened by the different positions of the project in your reality.
    2. Please excuse the intervention on the displacement of the natural order of things.
  4. Technical:
    1. Millions of years of evolution and causality.
    2. Natural scenario.
    3. Nail polish.

6. PERSPECTIVE

6. PERSPECTIVE

  1. Description:
    1. Aligning separate shapes, lines and colourful sheets of colour, hanged in space, which can be watched from many perspectives but only from one point you can create the intended image.
  2. Goal:
    1. Position and context. These strong concepts relate to everything in the know universe, better known in more scientifical fields as time and space. Visual techniques can show the observer the alignment of a mind towards a project and nevertheless abstract and subjective at the beginning, the achieved result is not only an autonomous discovery but a deep construction of a collaborative effort between the prize and the quest. Relations of perspective and simple visual dynamics provide a range of infinite cubist moments of enhancement and discovery.
  3. Instructions:
    1. Follow the instructions on the floor.
    2. Look to where the arrow is pointing.
  4. Technical:
    1. Transparent vinyl.

5. LINES

5. LINES

  1. Description:
    1. An interpolation of straight light lines and our own three dimensional reality, showing curves, volumes and shapes of humans bodies and of the space around them. People can create an installation which changes with every move they make in the space.
  2. Goal:
    1. The possible representations of a volume can be a judgmental opinion on technique, tool and knowledge. The known dogmas of it can be used in a graphical dynamic attempt to show everybody, informed or not about this subject, how a simple projection can affect the way we are volumetrically related with space and reality.
  3. Instructions:
    1. Use the projection to define your body volume.
    2. Make a video or take a picture and share.
  4. Technical:
    1. Video projection.

4. POLY MIRROR

4. POLY MIRROR

  1. Description:
    1. A reflection of reality, especially human bodies in a three dimensional poly structure which dismembers, segments, partitions, deforms, switches and changes everything around it and is also infinitely adjustable. It can work by itself, composed with other objects or even put on a human body and used as a cover of this reality.
  2. Goal:
    1. Theres a difference between the way people look and the way people see the reality in which they are imbued in. Fractaling the reality can foresee details of reality in some subjects while triggering newly found consciences in others. The way i decompose the infinite reflections of perceived true is an basic exercise of understanding and awareness. Knowledge is no longer a matter of conscience but a personal approach on perception.
  3. Instructions:
    1. Relate to the scale of the object.
    2. Look at the reflections of adulterated light.
    3. Find yourself.
    4. Breathe and use this in your daily life.
  4. Technical:
    1. 50x70cm folded 300gr paper.
    2. Reflective adhesive vinyl (chrome).

3. DETAIL

3. DETAIL

  1. Description:
    1. Precise papercut of my scaled human fingerprint which shows a different perspective on reality as a composition of details which we usually don’t pay attention to.
  2. Goal:
    1. Analogue techniques and the nano quantum tools, are the new standards to define a good work (at least to the eyes of the general audience). Selecting the best materialisation for a project is now a new excruciating process of research and eternal development of knowledge. The computer can no longer be the end in itself of the digital creation when we see the rise of the mixed analogue digital medium blend of creative production.
  3. Instructions:
    1. Get real close and count the lines.
  4. Technical:
    1. Laser cut 300gr colored paper.
    2. 70x50cm frame.

2. MARK OF TOUCH

2. MARK OF TOUCH

  1. Description:
    1. Crafted marks of touch on the composition of old photos, postcards, books, maps showing an intimate relation between an owner and his personal affection.
  2. Goal:
    1. Transformation of existing content should be a curated, rational vision of innovation and precious advancements of concepts. More than a carry through inaction without a defined goal it should be a rather effortless yet fastidious relation of talent and selection of historical references with the intended result. The way to expropriate the initial author out of the researched content is also a way to respect the new intellectual clusters formations those bases can provide. Marked.
  3. Instructions:
    1. Do not TOUCH.
    2. Build your own story
  4. Technical:
    1. Paper photos, maps, texts.
    2. Needled fingerprints.
    3. Cotton sewing line.

1. INFINITY

1. INFINITY

  1. Description:
    1. A process of craftly creating an infinity pattern, consisting of three modules which can be developed endlessly by viewers themselves in a fully unpredictable way.
  2. Goal:
    1. The endless juxtaposing of elements provides the infinite number of patterns and textures related to the visual enhancement of a simple shape. The interaction between the creator and the end user in the creation process can become a parallel path of discovery. The tools are only a formality and the end result maybe never achieved, relying on the record of the experience as an exercise of shared creation.
  3. Instructions:
    1. Position yourself in the middle of the surface, perpendicular to the motion of the roll of paper.
    2. When you prefer, put a blank part of the roll in front of you by using the lateral rolls.
    3. Use the ink recipients to dip/color the stamp.
    4. Use the stamp to create a new and personal pattern.
    5. Be a part of the result.
  4. Technical:
    1. Endless sheet of Craft paper.
    2. Wood laser cut stamp.
    3. Colored ink.

#interpolation #design

INTERPOLATION DESIGN

#abstract

Spinning a story, continuing, developing.

Entangled data teleported to the matrix of comprehension.

The medium point between conscience and reality.

The resilience of at least two possible directions in any given context.

Design as a mean to effectively communicate, should be a linear process of cumulative conceptual integration.

From the initial ideas to the deepest formal expressions in more or less fashionable graphical elements and certainly, given the author, design should evolve the existing procedural elements and trends while still following the basic principles of generic graphic communication, in order to be effective. A cumulative linear process starting with the briefing, ranging from the decisive idea, initial trial and structure, advancing vigorously to the proven concept and technical rational development, thus providing the means to materialise the desired execution.

This approach, my approach towards the profession, makes me think if we are indeed near a re evolution and critic by innovating the way we arrive at a final solution or simply delaying the advances in traditional print and digital media in order to become obsolete later in time. This also troubles me because the constraints of the designer are not formal or conceptual, they are technical! Designers don’t accept being technicians of broad communication by formation.

They reject it only to become failed artists of shape and color. We all know that a common designer lives in a chaotic search for answers, in the troubled deadlines, irreal clients and briefing requirements. A true problem solver, but with deadlines in mind. He needs help. So when will come the messias? The rational, calm, prolific and integrationist methodist adventist designer that will provide a new age in design.

This features are not in the designers DNA and above all they are not taught as a prerequisite in his formation. Sure there some who follow some rules, regulations, procedures and methodical approaches, but they are rarer than Krypton, and only follow their own rules. They are bonded to the flat thinking critic that structures their minds since the early formatting of the first work experiences. Designers are flat and should watch the way media is constructively evolving.

So, why graphical media is trying to leave its bidimensional structure for such a long time and never assumes a direct composite approach of full subject immersion in the process? And I’m not trying to confuse digital 3D immersion media with some graphical elements that are already in use. Because i am saying loud and clear to designers to get to know better your geometry bases and use perspective in the way it represents accurately some given formal concept or principle such as: depth.

This is the distance from the top or surface of something to its bottom.

The distance from the nearest to the farthest point of something or from the front to the back. It’s used to specify the distance below the top or surface of something to which someone or something percolates or at which something happens. Is the apparent existence of three dimensions in a picture, photograph, or other two-dimensional representation; perspective.

Providing:

  • complexity and profundity of thought. synonyms: profundity, deepness, wisdom, understanding, intelligence, sagacity, discernment, penetration, insight, astuteness, acumen, shrewdness;
  • complexity, intricacy;
  • extensive and detailed study or knowledge;
  • intensity of emotion, usually considered as a laudable quality;
  • intensity of color;
  • a point far below the surface.

Design needs to leave the comfort zone defined by flat bidimensional thinking. Designers need to embrace the world as we sense it. Complete and utterly material. Interpolating the codes needed to decypher communication in a real and evolved reality, approaching, at the verge of the re evolution.