Pergunta : “Quando falam e advogam a irrefutabilidade de uma qualquer questão, dão a entender que falam em absoluto. Queria saber se acreditam no absolutismo da vossa irrefutabilidade ou se lidam com absolutos?

alguém que visitou o studium

 

Quanto à tua pergunta, que de provocadora poderá ter somente a desconfiança perante o desconhecimento do tema, admito que estamos a falar exatamente da competência absoluta que qualquer tema de âmbito profissional deve ter.

Há bastante confusão, principalmente entre as profissões criativas, sobre o que pode ser considerado processo e no meu caso, considerando esse conjunto de práticas como um percurso colaborativo e de leitura binária entre duas entidades ( cliente – fornecedor ) não reconheço outra hipótese. Acredito no absolutismo da decisão, pois acredito na defesa de uma solução, ao invés da infinita possibilidade de mudança/insegurança no tempo de desenvolvimento de projeto – há que fechar processos e admitir responsabilidades nessa escolhas e decisões, sejam elas processuais e/ou criativas – e dependendo da forma como é construído o percurso na direção da solução, ele deve ser reconhecidamente irrefutável, e sempre independente do fator gosto.

Para terminar, os absolutos em arquitetura são a base de qualquer projeto. A técnica, o rigor, a disciplina ou a junção de todos estes fatores no termo profissionalismo, tem que ser absoluto. Só assim podemos assumir o processo de criação com a deriva, a investigação e o desenvolvimento profundamente crítico e inovador com a certeza do único resultado possível. Como não vivemos em estados quânticos de tempo e matéria não podemos assumir nada menos que a realidade do presente em que tomamos essas decisões.

 

Sérgio Miguel Magalhães . autor studium