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É indiscutível a distância da realidade em que o projeto tem que prevalecer. Dúvidas, indecisões, contrapartidas e compromissos são a matéria gerível do possível. Mesmo partindo de bases corretas, plausíveis e aplicáveis desde o briefing, este panorama da incerteza é distribuído pela paisagem intelectual dos intervenientes do projeto, de uma forma constante, no tempo em que este se desenrola. 

GKN Automotive Portugal

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Investir e localizar uma comunidade representativa de um processo global de evolução e posicionamento da entidade GKN, é a tarefa em mãos. Para isso, foi necessário liderar uma abordagem clara e sistemática do processo de trabalho entre os diferentes participantes e garantir a competência da decisão colaborativa entre o pressuposto e a proposição de futuro como base de trabalho. Esta é em si uma perspectiva inovadora sobre a forma de produzir arquitetura, sobre o domínio do método integrador das equipas de projeto, especialistas técnicos e consultores externos, na aplicação controlada da solução sem impor um resultado tirânico e por isso, débil e arrogante. Só após este exercício complexo de alinhamento e consolidação de critérios e pessoas, de estratégia e modelo, surgiu a proposta tática de resultado.

Uma única narrativa, única e disposta no habitat formal do espaço, do marketing e da marca, promovido pela ocupação e apropriação das pessoas que vão garantir o desenvolvimento das bases do próprio local. Uma comunidade, flutuante, alinhada pela teoria de grupo e transparência da sua função primordial e organizada inicialmente em dois clusters de grande dimensão. Cada cluster, segue a desmultiplicação de grupo que depois se desdobra em equipa de número variável e que segue este exercício até ao indivíduo, diretamente ao limite do seu espaço pessoal. Uma abordagem inovadora na forma como são apresentadas variações infinitas dos sistemas de uso dedicados ao espaço de trabalho, como são propostas novas formas de interação e integração de visitantes nos espaços da comunidade local, como até o espaço individual e pessoal se pode movimentar num meio solúvel e apropriado. Apropriável.

A partir da leitura das condições do projeto, muito para além do espaço e do pedido inicial do cliente é elaborada uma especulação controlada: sobre a teoria geral e a apropriação do espaço habitável; sobre a versatilidade adequada ao uso intrinsecamente necessário ao ocupante num território alargado, implicitamente definido; sobre a aplicação no presente de um futuro real de uso e funcionalidade onde o limite exponencial é a política de expansão e crescimento da própria colectividade.

As necessidades funcionais do projeto prevalecem num equilíbrio sensível entre o desenvolvimento de componentes originais e o processo de seleção de mercado, maioritariamente dedicado à normalização de soluções como base de trabalho. Só assim é permitida a flexibilidade pela adaptabilidade funcional que exige do formalismo e da poética da narrativa a inquestionável personalização do projeto aos valores que me designaram o seu guardião.

É neste meditação do espaço disponível que a concentração de uso se permite, na contemplação da narrativa de projeto, gerir a ocupação ética da comunidade local.